sábado, 10 de outubro de 2020

Roman Jakobson (A Origem do Estruturalismo na Psicologia)


Roman Jakobson 
(A Origem do Estruturalismo na Psicologia)

Em homenagem ao aniversário de Roman Jakobson, disponibilizo o trecho do meu e-book  A Origem do Estruturalismo na Psicologia dedicado a ele, caso queiram comprar o livro segue o link a seguir: https://www.amazon.com.br/dp/B087CDKS3G

Roman Jakobson desenvolveu o Formalismo, como um método de crítica literária para narrativas e poemas. Ao transferir esse aparato teórico para o estudo da linguagem, criou o estruturalismo linguístico. Ele participou dos Círculos Linguísticos de São Petersburgo, de Praga, Copenhague, Suécia, Nova York e Moscou (no qual foi fundador e que foi frequentado por Bakhtin)

“As palavras que se correspondem pela sua posição avaliamo-las subconscientemente do ponto de vista da sua equivalência”

“Além da influência do filósofo austro-húngaro Edmund Husserl, conhecido por propor a corrente filosófica conhecida como fenomenologia, Jakobson encontraria em Praga outras influências importantes. Entre elas a do psicólogo Bühler, que propõe um modelo de análise da linguagem baseado em funções, e de Ferdinand de Saussure, cujas teses Jakobson conhece por meio de Vilém Mathesius, aluno de Saussure e membro do Círculo sediado em Praga. ” (Newton Paulo Monteiro)

Seu trabalho foi de extrema importância na identificação de seis funções da linguagem (referencial, conativa, poética, fática, metalinguística e expressiva). Segundo o autor a linguagem poética dominará as demais funções da linguagem, devido ao seu caráter de estar voltado para si mesmo, e é por isso que Jakobson da tanta ênfase nela em especial.

Além disso também foi precursor na teoria do sistema de comunicação, que ele dividiu em seis componentes estruturais, em que cada um tem uma função distinta:

Emissor (Função expressiva, aquele que fala), Receptor (Função conativa, com quem se fala), Mensagem (Função poética, o que se fala), Código (Função Metalinguística, um sistema de linguagem comum ou familiar que torna a mensagem inteligível), Canal (Função Fática, o “veículo da mensagem) e Contexto/Referente (Função Referencial ou Denotativa, o assunto da mensagem).

De outra parte, as imagens acústico-motoras subjetivas só fazem parte de um sistema linguístico na medida em que nele desempenham uma função significativa diferenciadora. O conteúdo sensorial de tais elementos fonológicos é menos essencial que as suas relações recíprocas no seio do sistema (princípio estrutural do sistema fonológico) (Jakobson, R., In: Toledo, D., 1978, p. 85).

Roman Jakobson procurou demonstrar o carácter estrutural da ambiguidade dentro da construção literária em geral como constituinte fundamental em termos de relação código/mensagem assim formando uma poética estruturalista: estrutura/forma, forma/conteúdo, sintaxe/semântica, dentre muitos. As correntes estruturalistas que seguiram posteriores se basearam nesta dicotomia, da psicanálise de Lacan, a antropologia de Lévi-Strauss, dentre outros.

As pesquisas de Jakobson sobre a fonologia iniciaram no Círculo de Praga, sendo que fonologia é o estudo do sistema sonoro de um idioma inserido em sistema de comunicação verbal e linguístico, analisando sua organização, e classificando em unidades, significados e fonemas.

“A partir do estudo do ritmo poético que a "fonologia" de Jakobson se desenvolveu. Em particular, concentrando-se nos vínculos entre som e significado, Jakobson concluiu que som e sentido eram mediados pela diferença - que ele veio a chamar de "característica distintiva". Ou, melhor, como, na visão de Jakobson, a linguagem é basicamente um sistema de significados, a fala não é composta de sons, mas de fonemas, "um conjunto de propriedades sonoras concomitantes que são utilizadas em uma linguagem determinada para distinguir palavras de sentidos diferentes" (John Lechte). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário