Existem duas
concepções sobre Cultura: a primeira dessas concepções preocupa-se com todos os
aspectos de cultura de uma realidade social.
“Assim, a resistência social de um
povo ou nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade. Podemos assim
falar na cultura francesa ou na cultura xavante. Do mesmo modo falamos na
cultura camponesa ou então na cultura dos antigos astecas. ”
Nesse caso,
cultura refere-se à realidade sociais bem distintas. No entanto, o sentido em
que se fala em cultura é o mesmo: em cada caso dar conta das características
dos agrupamentos a que se refere, preocupando-se com a totalidade dessas
características, digam elas a respeito às maneiras de conceber e organizar a
vida social ou a seus aspectos materiais.
Cultura: É uma construção histórica, seja ela como
concepção, seja como dimensão do processo social. Cultura não é uma decorrência
de leis físicas ou biológicas, ela é um produto coletivo da vida humana. Cultura é a dimensão da sociedade que inclui todo o
conhecimento num sentido ampliado e todos as maneiras com esse conhecimento é
expresso. É uma dimensão dinâmica, criadora, ela é um processo, uma dimensão fundamental das sociedades
contemporâneas.
Cultura é uma dimensão do processo
social, da vida de uma sociedade. Não diz respeito apenas a um conjunto de práticas e concepções,
como por exemplo se poderia dizer da arte. Não é apenas uma parte da vida
social como por exemplo se poderia falar da religião. Não se pode dizer que
cultura seja algo independente da vida social, algo que tenha a ver com a
realidade onde existe. Percebida desta forma, cultura diz respeito aos aspectos
da vida social, e não se pode dizer que ela exista em alguns contextos e não em
outros.
O fato de que as tradições de uma cultura
possam ser identificáveis não quer dizer que não se transformem, que não tenham
sua dinâmica. “Nada do que é cultura pode ser estanque,
porque a cultura faz parte de uma realidade onde a mudança é um aspecto
fundamental” (SANTOS, 1994, p.24).
“Cultura é com frequência tratado como um resíduo, um
conjunto de sobras, resultado da separação de aspectos tratados como mais
importantes na vida social. ”
O que sobra é chamado de cultura. É como
se fosse eliminado da preocupação com cultura todos aspectos do conhecimento
organizado tidos como mais relevantes para a lógica do sistema produtivo.
Essa
maneira de tratar a cultura, é para nós ela mesma um tema de estudo, revela um
modo pelo qual se atua sobre a dimensão cultural, indicando, no caso, um dos
sentidos da atuação dos órgãos públicos, um sentido frequentemente fracionador
da dimensão cultural, que trata de modo diferente a vários aspectos desta. Que fique então claro que para nós a cultura é a dimensão da sociedade que inclui todo o
conhecimento num sentido ampliado e todas as maneiras como esse conhecimento é
expresso. É uma dimensão dinâmica criadora, ela
mesma em processo, uma dimensão fundamental das sociedades contemporâneas.
Raça e Etnia: Biologicamente, uma raça seria um grupo humano que
se distingue dos outros por um conjunto de características físicas
hereditárias. A divisão dos seres humanos em raças, no entanto, é completamente
arbitrária. O problema principal é que as diferenças genéticas entre os seres
humanos não são conformes. Dependendo do critério que se estabelece, a divisão
em raças seria feita diferente. Mas isso não que as pessoas inventem raças
escolhem qualquer traço que seja conveniente.
Etnia é o Grupo de indivíduos que pertencem a uma
mesma cultura e que se reconhecem como tal. O problema principal é que as
diferenças genéticas entre os seres humanos não são uniformes. Dependendo do
critério genético que se escolhe, a divisão em “raças” seria de forma
diferente.
Não existe nenhuma razão para escolher um traço
genético em vez de outro para classificar os seres humanos. Como as divisões
seriam diferentes segundo o critério que se usa. Não é possível considerar uma
divisão como “certa”. Por isso muitos biólogos preferem não falar em termos de
“raças” humanas, evitando até o uso deste conceito em pesquisa sobre outros
animais. Seria muito mais produtivo pesquisar a variação genética examinando-se
cada traço genético para verificar sua distribuição geográfica e os fatores que
poderiam explicá-lo.
Diferença Genética e humana: embora fatores ambientais tenham influenciado a
presença de diferentes genes em certas populações, fatores culturais podem
também influir na composição genética de uma população.
O conceito social de Raça: em termos biológicos o conceito de “raça” não faz
sentido, mas isto não impede que as pessoas inventem “raças”, escolhendo
qualquer traço que seja conveniente. Não é de admirar então que povos
diferentes imaginem as mais diferentes classificações “raciais”.
Características de Grupos étnicos: costuma identificar diferentes grupos étnicos
segundo alguns critérios que consideramos fazer parte de sua cultura. As vezes
as diferenças no comportamento destes grupos são surpreendentes. Outras formas
de contato entre grupos étnicos diferentes poderiam também influir no seu
comportamento.
Origem das identidades étnicas: Muitas pessoas pressupõem que identidade étnica
dá-se automaticamente no momento de nascer, mas esta concepção é muito
simplista. A identidade étnica de uma pessoa é determinada por vários fatores,
tais como descendência, idioma, costumes, e a pessoa que está fazendo a
identificação. A diferença de grupos étnicos como de grupos “raciais” pode ter
origem na divisão de trabalho de uma dada sociedade. Mas existem também outros
fatores que podem ser importantes.
Etnia e Classe: Uma das questões levantadas em discussões sobre
etnia é a importância relativa da identidade étnica e da classe social. Tanto
na vida privada quanto no lazer e no trabalho, as pessoas têm muito mais
contato com pessoas da mesma classe social do que com pessoas do mesmo grupo
étnico. Sabemos pouco sobre o porquê as pessoas enfatizarem a etnia ou a classe
social em situações diferentes. Um fator importante talvez seja a questão do
clientelismo. Em alguns lugares do mundo as pessoas de classes diferentes se
misturam muito, pois os membros da classe alta não se sentem ameaçados
econômica ou socialmente pelos pobres. Às vezes pode ser até importante que os
pobres e os ricos mantenham contatos pessoais.
Etnocentrismo: Atitude dos membros de uma sociedade que reduzem
todos os fenômenos sociais aqueles que conhece, ou que pensam ser a sua cultura
melhor do que outras, é preferível a qualquer dela.
Relativismo Cultural: Cada realidade cultural tem sua lógica interna a
qual devemos procurar conhecer para que façam sentido. Suas práticas, costumes,
concepção e as transformações pelas quais estas passam. É preciso relacionar a
variedade de procedimentos culturais com os contextos em que são produzidos.
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