terça-feira, 18 de junho de 2024

Quando o filho quebra o braço e você se sente um bosta

 


Quando o filho quebra o braço e você se sente um bosta


Filho doente, ou com perna/braço fraturado, febril, em fim, tem aqueles dias que seu filho esta se sentindo mal, vomitando, ou caiu e você não conseguiu correr a tempo para apará-lo. Tem horas que nos sentimos tão impotentes e parece que o mundo esta conspirando contra nós e não há nada que possamos fazer para reverter esse quadro. Seu pequeno tesouro esta chocho, ele olha pra você pedindo ajuda. Vocês correm para o hospital e não importa se o serviço é público ou particular o atendimento é péssimo e os diagnósticos são evasivos. 


“Deve ser isso”, “pode ser aquilo” , “é VIROSE!”.


E as fraturas das crianças? Às vezes achamos que se tivéssemos falado algo para nossos filhos não teria acontecido o incidente, ou se tivéssemos agido como um “ninjas” o filho estaria bem. Creio que esse pensamento está muito enraizado na “crença” do efeito borboleta. Causa e efeito, como se pudéssemos evitar tais acidentes. Mas o fato é que acidentes acontecem, podemos tentar diminuir suas probabilidades, mas nunca zerar as chances que isso ocorra.


Então nesse caso o melhor conselho que posso dar é que (se possível) paguem um bom plano de saúde. Sempre falo isso para minha esposa, afinal se não dá pra evitar acidentes, que pelo menos a passagem por ele seja num quarto bem confortável.  Mas também creio que não podemos nos cobrar tanto e sermos superprotetores a exposições de riscos cotidianos, o Pediatra Flávio Melo afirma que: 


“Ficamos tão neuróticos com limpeza que acabamos diminuindo nossa exposição à importante Vitamina S (de Sujeira). Ela nos faz mais resistentes à doenças, melhorando nosso sistema imunológico desde o momento que nascemos.”


A fala deste pediatra também é válida para lesões corporais, querendo ou não, assim como acontece em outras espécies,  nossos filhotes aprenderão com tentativas e erros. Por isso, crianças, usem o capacete (e outros EPIs), mas estejam preparados para as escoriações do mesmo jeito.


Só lembrando que escrevi esse texto em terceira pessoa, ou seja, racionalmente eu sei ponderar sobre tais assuntos, mas no “vamo vê”, muitas vezes me sinto menos pai, então você está no seu direito de arrancar os cabelos (se quiser), ter um ataque de pelanca (se desejar), e está tudo bem, só é ineficiente, geralmente nestas horas consigo manter a calma e não me desesperar principalmente para não deixar minha esposa, nem meu filho mais nervosos, então consigo ter essa atitude, conseguindo ficar me  mordendo por dentro, porém sereno por fora, é preciso praticar, a propósito, eu também uso esta técnica para ir em parques de diversão como ele, pois morro de medo de muitos brinquedos altos, mas vou de boa para incentivá-lo.



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